Lembrei que a sina dos três promotores paulistas que tentaram uma denúncia contra Lula a mais tempo não é diferente. Na época a denúncia nem foi aceita, e os ditos cujos também foram detonados, chamados inclusive de “três patetas”.
Vejam bem o papel que a mídia vem cumprindo. Lula precisa
ser criminalizado, preso, mas quando alguém se dispõe a agir, a tentar o impossível que é apresentar provas, é
linchado pela mídia, sob o argumento que o serviço teria sido mal feito.
Pobre Dallagnol, pobre Moro. De heróis, logo podem virar
vilões. Anos, décadas de demonização de Lula e do PT agora precisam
transformar-se em escândalos reais, concretos. O problema é que a fúria
persecutória, que sequestrou Lula para lavá-lo a um depoimento, que quebrou
todos os sigilos possíveis, não só do Presidente mais popular da nossa
história, mas de quase quarenta pessoas físicas e jurídicas de suas relações, não
tem dado conta dessa alquimia. O suposto patrimônio bilionário não foi
encontrado (nem havido ilegal, nem legalmente), contas em paraísos fiscais
tampouco existem. Laranjas, só as que Dona Mariza compra na quitanda da
esquina.
A grande pergunta é: haverão novos patetas, dispostos a
clicar no ícone do power point e produzir nova cena ridícula? Nada se pode
duvidar de um País em que os cafetões sentem ciúmes, as prostitutas se
apaixonam e os pobres votam na direita. A segunda grande pergunta é: estaria
Sérgio Moro disposto a condenar Lula pelo suposto “domínio do fato”, que
equivale mais ou menos a afirmar que “não há provas contra você, por isso você
é culpado”?
As últimas semanas tornaram essa hipótese bem mais complicada.
Juristas de renome internacional adotaram o discurso de que o MPF e a ala “lavajateana”
do judiciário estariam fazendo uso político de suas prerrogativas e funções. E com
isso perseguindo Luis Inácio Lula da Silva. Pode-se afirmar, que nesses
períodos mais recentes, ABRIU-SE o cerco contra Lula, e fechou-se o cerco
contra o “juizeco” que comanda a república de Curitiba.