segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Abre-se o cerco contra Lula, fecha-se o cerco contra Sérgio Moro!

Li, com várias semanas de atraso, o comentário do pitbull da direita fascistóide Reinaldo Azevedo, falando sobre a pataquada do procurador Deltan Dallagnol ao tentar promover um espetáculo acusatório contra Lula. Sem meias palavras, Azevedo diz que agindo assim Dallagnol acabará por inocentar o ex-Presidente.

Lembrei que a sina dos três promotores paulistas que tentaram uma denúncia contra Lula a mais tempo não é diferente. Na época a denúncia nem foi aceita, e os ditos cujos também foram detonados, chamados inclusive de “três patetas”.

Vejam bem o papel que a mídia vem cumprindo. Lula precisa ser criminalizado, preso, mas quando alguém se dispõe a agir, a tentar  o impossível que é apresentar provas, é linchado pela mídia, sob o argumento que o serviço teria sido mal feito.
Pobre Dallagnol, pobre Moro. De heróis, logo podem virar vilões. Anos, décadas de demonização de Lula e do PT agora precisam transformar-se em escândalos reais, concretos. O problema é que a fúria persecutória, que sequestrou Lula para lavá-lo a um depoimento, que quebrou todos os sigilos possíveis, não só do Presidente mais popular da nossa história, mas de quase quarenta pessoas físicas e jurídicas de suas relações, não tem dado conta dessa alquimia. O suposto patrimônio bilionário não foi encontrado (nem havido ilegal, nem legalmente), contas em paraísos fiscais tampouco existem. Laranjas, só as que Dona Mariza compra na quitanda da esquina.

A grande pergunta é: haverão novos patetas, dispostos a clicar no ícone do power point e produzir nova cena ridícula? Nada se pode duvidar de um País em que os cafetões sentem ciúmes, as prostitutas se apaixonam e os pobres votam na direita. A segunda grande pergunta é: estaria Sérgio Moro disposto a condenar Lula pelo suposto “domínio do fato”, que equivale mais ou menos a afirmar que “não há provas contra você, por isso você é culpado”?
As últimas semanas tornaram essa hipótese bem mais complicada. Juristas de renome internacional adotaram o discurso de que o MPF e a ala “lavajateana” do judiciário estariam fazendo uso político de suas prerrogativas e funções. E com isso perseguindo Luis Inácio Lula da Silva. Pode-se afirmar, que nesses períodos mais recentes, ABRIU-SE o cerco contra Lula, e fechou-se o cerco contra o “juizeco” que comanda a república de Curitiba.